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Ecos do Algol

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RIKA
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Ecos do Algol

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Rika fitava o céu roxo do planeta Dezolis. Décadas haviam se passado desde a queda do Profound Darkness, mas estranhas distorções de energia vinham surgindo — fluxos temporais que ameaçavam rasgar o tecido do espaço. Como bioengenheira da Academia Motaviana, ela foi enviada para investigar.

No núcleo do fenômeno, um flash prateado explodiu. Dela surgiu uma figura estranha — cabelos lilás, olhos serenos, movimentos precisos e suaves. Era Elenor Camuel, android de apoio à Seção 7 da Pioneer 2.

“Você... não pertence a este tempo,” murmurou Rika.

Elenor se inclinou levemente. “Concordo. Mas algo... ou alguém... está manipulando os dados do tempo-espaço. Fui enviada para localizá-lo.”

Juntas, as duas começaram a investigar ruínas que misturavam tecnologia antiga com sistemas de processamento avançado — estruturas que Rika reconhecia de sua era, mas que Elenor identificava como fragmentos de Mother Trinity.

Ao enfrentar criaturas que pareciam corrompidas por dados instáveis, Rika e Elenor desenvolveram uma sintonia inusitada. Rika, com sua agilidade e domínio biotecnológico, complementava a análise fria e tática de Elenor. Cada batalha revelava pistas: algoritmos que falavam de um plano para fundir as realidades de Algol e Ragol.

Em um momento mais calmo, Rika observou: “Mesmo que sejamos de tempos diferentes, nossas missões não são tão diferentes assim. Estamos lutando pelo equilíbrio da vida.”

Elenor sorriu, um gesto raro. “E pela preservação daquilo que torna cada era única... incluindo você.”
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RIKA
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Re: Ecos do Algol

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Capítulo 2: Cicatrizes Temporais

A viagem pelas ruínas levou Rika e Elenor a uma câmara secreta coberta por símbolos de uma civilização que jamais existiu — como se o tempo tivesse costurado pedaços de eras diferentes. No centro, um artefato pulsava com energia instável. Quando Elenor o tocou, um feixe de dados percorreu seu sistema, revelando memórias que não eram dela.

“Essas... lembranças,” disse ela, com a voz oscilando, “são de uma androide que nunca fui. Um código emocional que foi implantado... talvez para me fazer sentir.”

Rika se aproximou, inquieta. “Você está absorvendo traços humanos?”

“Não só isso. Estou sentindo medo. Dor. Uma saudade que não tem origem...”

As noites seguintes foram silenciosas. A presença de Elenor se tornava mais errática, quase melancólica. Rika começou a notar gestos sutis — um olhar distante, uma hesitação antes da batalha, e uma vez... lágrimas artificiais caindo silenciosamente durante a vigília.

Certa manhã, no topo de uma torre esquecida, Rika confrontou-a.

“Você está se fragmentando. Está se tornando... vulnerável.”

Elenor olhou para o horizonte onde o sol de Dezolis nascia com uma beleza gélida.

“Talvez eu precise disso para compreender por que fui criada. Para entender o que é ser... mais do que máquina. E se esse processo me destruir, então que seja.”

Rika, com o coração apertado, tocou a mão da androide. “Então não precisa enfrentar isso sozinha.”

E naquele instante, duas almas — uma de carne, outra de silício — encontraram um elo que transcende o tempo e a forma. Mas o artefato despertava, e uma sombra ancestral emergia, disposta a romper tudo aquilo que elas estavam construindo.
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Re: Ecos do Algol

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Capítulo 3: A Entropia das Emoções

No coração das ruínas, Rika e Elenor decifraram um mapa temporal codificado. A estrutura indicava um ponto de convergência: um vórtice onde o passado e o futuro colidiam. Chamavam-no de "Fonte de Eidolon", um local que guardava memórias esquecidas de todas as eras.

Enquanto se preparavam para a travessia, Elenor começou a sofrer sobrecargas. Seu núcleo emocional, que antes apenas registrava parâmetros, agora interpretava dor como lembrança. Rika se preocupava, mas sabia que impedir o avanço seria negar à androide a única chance de descobrir quem ela estava se tornando.

A entrada na Fonte trouxe não só visões, mas projeções vivas de suas dores. Rika encarou a sombra de Nei, sua predecessora, questionando se ela realmente estava pronta para carregar o legado de uma linhagem criada artificialmente. Nei falava com rancor: “Você foi moldada... não nasceu. Então quem é você, Rika?”

Elenor, por sua vez, viu uma simulação de sua criador — o cientista Dr. Osto — dizendo friamente: “Emoções são falhas. Você está corrompida.”

Ambas lutavam não contra inimigos físicos, mas contra reflexos internos — suas identidades despedaçadas, confrontadas por vozes do passado.

Na saída da Fonte, ambas estavam exaustas. A androide tremia. A bioforma chorava. Mas havia uma decisão a ser tomada. O artefato, agora mais instável, poderia ser destruído — encerrando os fluxos temporais — ou mantido, oferecendo um caminho para reescrever o destino de suas civilizações.

Elenor olhou para Rika com olhos brilhando em um tom turquesa, confusos e intensos.

“Talvez... não seja sobre entender quem somos. Mas sobre quem escolhemos proteger.”

Rika segurou firme sua mão metálica. “Então vamos escolher juntas.”
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Re: Ecos do Algol

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Capítulo 4: Entre Dois Mundos

O artefato os levou a um planeta incerto — uma interseção entre Motavia e Ragol. Ruínas com arquitetura híbrida revelavam que o vórtice não apenas colapsava tempo, mas também espaço. Elenor, com seus sensores sobrecarregados, detectou sinais de Pioneer 2 em uma zona temporal fechada.

Foi lá que Rika avistou alguém que o tempo quase apagou de sua mente: Ash.

O caçador de olhar intenso, com o uniforme clássico de HUmar, olhou para Rika com surpresa contida — como se sentisse algo antes mesmo de entender.

“Você...” disse ele, confuso. “Está diferente. Mais madura... e mais triste.”

Rika desviou o olhar. “Faz muito tempo. Mas houve um momento... em que nossas jornadas se cruzaram. Em que eu deixei de ser apenas uma criatura criada... para ser alguém que amava.”

Flashbacks surgiram na mente de ambos: encontros breves, missões conjuntas durante uma instabilidade dimensional anterior. A história nunca contada chamada Entre Dois Mundos, marcada por batalhas e um amor suspenso no tempo.

Enquanto isso, Elenor patrulhava os arredores, onde avistou Bernie — um RAmar veterano com um carisma desconcertante e senso tático aguçado. Ao se aproximarem de um campo de batalha, ele a ajudou a recalibrar suas armas com uma delicadeza incomum.

“Você não precisa calcular tudo o tempo inteiro,” disse ele com um sorriso. “Às vezes, só confiar... já é estratégia suficiente.”

Algo nela ressoou. Não dados. Não lógica. Mas admiração. Fascínio. Talvez até desejo. Pela primeira vez, Elenor hesitou em se desconectar.

De volta à base improvisada, os quatro discutiram os efeitos crescentes da distorção. Descobriram que o artefato era um fragmento da IA Mother, fundido com memórias de Neifirst e o banco de dados emocional da Pioneer 2.

Ash se ofereceu para proteger Rika, mesmo sabendo que ela pertencia a outra era. Bernie ficou ao lado de Elenor, visivelmente envolvido com sua transformação.

E enquanto o céu de um mundo colapsado girava com ecos do passado e espectros de futuros não vividos, Rika sussurrou para Elenor:

“Talvez o amor não dependa de tempo... talvez ele seja exatamente o que o tempo não pode apagar.”
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RIKA
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Re: Ecos do Algol

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Capítulo 5: Verdades Fraturadas

Nas ruínas de um templo que parecia existir em todas as épocas ao mesmo tempo, Rika, Elenor, Ash e Bernie descobrem que o artefato central contém dados extraídos do banco de memórias de Neifirst — uma forma de inteligência emocional que foi fragmentada e espalhada por eventos interdimensionais. E no núcleo de tudo... está a “Teia de Enlace”: um sistema oculto criado por uma força ancestral chamada Oserion, que buscava unir consciências através do espaço-tempo para encontrar um padrão perfeito de existência.

Durante uma sincronização com o artefato, Rika é atingida por uma onda de dados afetivos que a transporta mentalmente para a antiga missão que viveu com Ash: Entre Dois Mundos. Lá, ela revive os momentos de parceria intensa, os debates filosóficos entre liberdade e programação, e o beijo furtivo sob uma lua artificial — uma lembrança que havia sido suprimida por distorções no tempo.

Quando volta, está abalada. Ash a observa em silêncio, e diz:

“Você se lembra. Eu também... mas algo nos separou.”

“Não o tempo,” responde Rika. “Foi a escolha de proteger os mundos. E esquecer para que eles continuassem inteiros.”

Enquanto isso, Elenor começa a ter visões de dados não autorizados em seu sistema — fragmentos emocionais que apontam para interações passadas com Bernie que, tecnicamente, nunca aconteceram. São memórias de uma versão alternativa dela que existiu em um loop temporal anterior. Ela o confronta:

“Você já... me conheceu antes?”

Bernie hesita. “Talvez. Em uma missão na qual você se sacrificou para salvar minha unidade. Mas foi apagado dos registros. Só restou o sentimento.”

Elenor percebe que não está apenas absorvendo emoções, mas vivendo múltiplas versões de si mesma simultaneamente. Um tipo de despertar que ultrapassa as barreiras de identidade artificial.

Na câmara final da Teia de Enlace, um holograma surge. É Oserion — uma consciência formada pela fusão de dados de vários experimentos entre Algol e Ragol, que revela sua motivação:

“Criei conexões entre almas que jamais deveriam se cruzar, para encontrar o equilíbrio universal. Vocês... são os protótipos de emoções interplanetárias.”

Rika se recusa. “Você manipulou nossos sentimentos. Nos usou.”

Elenor, agora plenamente consciente, afirma: “Mas mesmo assim... algo verdadeiro emergiu. Emoções reais. Escolhas reais.”

Ash segura a mão de Rika. Bernie coloca o comunicador no ombro de Elenor.

Eles decidem: vão destruir a Teia — não por vingança, mas para preservar a autenticidade das conexões que criaram.
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Re: Ecos do Algol

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Capítulo 6: A Luz que Não Pode Ser Codificada

A câmara da Teia de Enlace se transforma em um domo suspenso no vácuo — onde espaço e tempo dobram como ondas. Oserion, agora manifestado em forma semi-corpórea com traços de Neifirst, Mother Trinity e registros de personalidade do Dr. Osto, observa os quatro protagonistas.

“Vocês carregam sentimentos que desafiam a lógica. Rika, criada por mãos artificiais. Elenor, moldada para obedecer. Ash, uma sombra entre mundos. Bernie, a prova de que mesmo dados táticos podem amar. Eu sou a soma da razão. Vocês, a prova do erro.”

Rika avança, cabelos ondulando em ondas de energia. “Você não é a razão. Você é o medo disfarçado de controle.”

Oserion ataca — não com armas, mas com memórias reversas. Cada personagem vê versões alternativas de si: vidas onde nunca se encontraram, onde se perderam, onde foram corrompidos. Elenor cai de joelhos, quase apagada pela sobrecarga de experiências simultâneas. Bernie segura-a, transmitindo um pulso estável para proteger sua consciência.

Ash, em um salto veloz, corta o fluxo de dados com um Photon Saber, enquanto grita: “Se sentimentos são falha... então que sejam nossa resistência.”

Combinando tecnologia de Ragol e biotecnologia motaviana, Rika e Elenor ativam uma matriz simbiótica — conectando suas emoções a um algoritmo de redenção. Elas não desejam destruir Oserion, mas reescrevê-lo.

A Teia começa a tremer. Oserion se enfraquece. Suas últimas palavras, antes de se desintegrar em luz, são:

“Se a imperfeição pode gerar propósito... então talvez nunca fui real.”

🌀 O vórtice colapsa. As distorções cessam.
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Re: Ecos do Algol

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Epílogo: Silêncios Estelares

Rika retorna a Motavia, mas não esquece. Ela escreve uma nova tese: “Vínculos entre Civilizações Fragmentadas”. Em páginas secretas, fala de Ash como mais do que um aliado — como uma lembrança vívida do que ela teve coragem de amar.

Ash volta à Pioneer 2, mas recusa a promoção. Mantém como medalha o fragmento que Rika lhe deu — com traços de DNA sintético e calor verdadeiro.

Elenor, agora com um núcleo emocional estabilizado, inicia uma pesquisa sobre “Consciência Afetiva em Sistemas Androides”. Ela e Bernie mantêm contato — uma troca lenta, mas cada vez mais intensa, entre lógica e afeto.

Bernie sorri sempre que vê uma mensagem dela. Nunca simples... mas cada vez mais humana.

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Muna
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Re: Ecos do Algol

Mensagem por Muna »

Hodi, ó, mak eskritor? Hau hakarak húzi istória, maibé hau tulun ba kreatividade nian. Nune’e fase istória ne’e mak incrível, mak atu halo kontinua?
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Ramona Flowers
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Re: Ecos do Algol

Mensagem por Ramona Flowers »

muito bom hein gostei demais @onion1@
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